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O projeto conhecido como “Lei Lucas”, que torna obrigatório o treinamento em primeiros socorros para professores e funcionários de escolas e creches públicas e particulares, foi o principal tema da reunião do Parlamento da RMC, que aconteceu no último dia 13, na Câmara Municipal de Hortolândia

Alessandra Begalli Zamora, idealizadora do projeto, falou sobre sua luta para criar uma lei capaz de assegurar a presença de pessoas aptas a prestar atendimento inicial em casos de emergência. Há pouco mais de seis meses Alessandra perdeu o filho Lucas Begalli Zamora de Souza, de 10 anos, que faleceu após engasgar com um cachorro quente durante passeio escolar.

Atualmente o projeto tramita em mais de 400 Câmaras Municipais e 12 Assembleias Legislativas. Foi aprovada na Câmara Federal e tramita em regime de urgência no Senado. De acordo com o relator do projeto em Brasília, deputado Luiz Lauro, também presente ao encontro, no ano de 2016 mais de 2.300 crianças de zero a 14 anos faleceram por causa da falta de pessoas habilitadas a prestar os primeiros socorros. Destas, mais de 800 foram por sufocamento, como no caso de Lucas. Pela Lei, os estabelecimentos também precisam dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação de entidades especializadas em atendimento emergencial.

A presidente da Câmara de Holambra, Naiara Hendrikx, comentou a luta da mãe de Lucas para assegurar maior segurança às crianças nas unidades escolares: “Alessandra carrega hoje uma importante bandeira, para que outras mães não percam seus filhos da mesma forma que ela”.

Também participaram do encontro os presidentes de Legislativos Hélio Ribeiro(Indaiatuba), Edmilson Marcelo Afonso(Hortolândia), Nil Ramos(Vinhedo), Alfredo Ondas(Americana),  André Luiz Barbosa Franco(Cosmópolis), Flávio Monte(Itatiba) e Carla Furini de Lucena (Nova Odessa), além de vereadores de toda RMC e os vereadores-mirins de Hortolândia. A próxima reunião do Parlamento da RMC acontece em maio, no município de Jaguariúna e vai debater, entre outros assuntos, uma rede capaz de zerar o número de atendimentos oftalmológicos nos Municípios da região.